quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Nosso Lar: uma das maiores bobagens já escritas (e agora filmadas...) em todos os tempos.


Quem costuma entrar aqui no blog já sabe o que eu penso de Chico Xavier.
Atrás daquele ar santificado havia um homem com inúmeras passagens muito mal explicadas em sua vida.
Para ele só há duas explicações possíveis: esquizofrenia profunda associada a multiplas personalidades ou fraude.
Eu aposto na fraude.
Chico passou a vida sendo sustentado pelos direitos autorais de seus livros, além de com eles ter feito investimentos imobiliários pessoais.
Os livros são de uma pobreza literária facilmente identificável nos primeiros paragrafos: ele troca nomes e datas a torto e direito e comete erros historicos tolos, alguns meras repetições de erros localizados em livros de história que usava como fonte.
Mas em "Nosso Lar" ele se superou.
Chico Xavier descreve - ops, na verdade foi o "espírito" de André Luiz - a vida após a morte em um centro de recuperação, o tal Nosso Lar.
Lá, depois de uma temporada rápida no umbral (uma espécie de inferno sem diabo) você vai para uma colônia que localiza-se, pasmem, sobre o Rio de Janeiro.
Se você não for atingido por nenhuma bala perdida vinda de baixo poderá se recuperar do trauma da morte acompanhado de seus entes queridos, passeando por alamedas floridas e descansando em sua nova casa.
Nosso lar tem prefeito, ministerio, onibus... acredite se quiser.
Esse tipo de literatura espírita explora a angústia que a ideia da morte causa nas pessoas e oferece perspectiva muito melhor.
E por isso é um sucesso, independentemente de ser ou não verdade.
Dê ao cliente o que ele quer receber e faça sucesso.
Religiões, na verdade, atuam no ramo do entretenimento, trocando dinheiro por consolo e esperança.
A Igreja católica sempre fez isso, desde os tempos das indulgências (quando bastava pagar para se livrar dos pecados e ir para o céu).
Mais de 1 milhão de pessoas já viram "Nosso Lar" nos cinemas e aposto que todas foram para casa sentindo-se bem com a perspectiva de, ao morrerem, irem para um lugar tão agradável.
Pena que tudo não passe de fruto da imaginação de Chico Xavier (ou de seu "sobrinho" que, segundo seu próprio depoimento, escrevia alguns dos livros "psicografados").
Quem quiser acreditar que depois que morrer vai ficar flutuando sobre o Rio de Janeiro em uma cidade tranquila e feliz, que o faça. Pode até aproveitar e imprimir o mapa que aparece neste post, assim não se perde quando chegar lá.

Eu já acho que morreu, acabou.
E por isso mesmo repito sempre: quem se preocupa menos com vidas passadas ou futuras vive bem melhor esta.

Padre é preso ao embarcar com 52,8 mil euros.

Notícia completa na Folha on line de hoje:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/796019-padre-e-preso-ao-embarcar-com-528-mil-euros.shtml

Essa é para os tolos que dão dinheiro às igrejas...