Aumenta procura por máquinas da sorte às vésperas do Ano Novo no Japão
Japoneses buscam as máquinas para ver se sua sorte vai mudar com a chegada do novo ano. Procura cresce 80% nesta época do ano
Para os asiáticos a chegada do Ano Novo agora no dia 14 de fevereiro deve ser precedida por orações e idas a templos, em busca de benção. No Japão, a tecnologia ajuda a benção a chegar mais cedo: em vez de consultar a sorte num templo, os japoneses recorrem a máquinas que adiantam como pode ser o novo ano. Às vésperas do Ano do Tigre, a procura pelas máquinas aumentou 80% em grandes cidades, como Tóquio e Kyoto. E como a crise financeira afetou o mundo inteiro, até a procura por máquinas com texto em inglês também aumentou bastante no país.Para os japoneses, omikuji são papéis que trazem ideogramas com a “sorte” de quem busca olhar para o futuro. A palavra quer dizer, literalmente, “loteria sagrada”. Antigamente, bastava ir a um templo à procura de “boa sorte” e escolher um entre as dezenas de papéis dispostos para os visitantes. Há algum tempo, porém, as bandejas com papéis vem sendo substituídas por máquinas parecidas como as que vendem bebidas e salgadinhos. Para usar, basta colocar o dinheiro e apertar o botão, que a máquina libera um papelzinho com a suposta benção. Há dezenas de bênçãos, que podem incluir de uma “grande benção” a uma “grande praga”. A sorte também diz respeito a determinados aspectos da vida, como saúde, dinheiro, amor e vida. Os papéis podem revelar se um desejo será atendido, uma viagem está por vir e até se a pessoa que se ama finalmente
Quando se tira uma “sorte ruim”, é costume dobrar o papel e grudá-lo a um pinheiro ou a uma cerca de arame ao lado de outros omikuji desafortunados. A razão é simples: a palavra em japonês para pinheiro é “matsu”, um trocadilho com o verbo esperar. Assim, em vez de deixar que o azar acompanhe a pessoa, ele ficaria esperando ao lado da árvore. Já para quem tirou uma sorte boa, é só guardar o papel para atrair somente coisas positivas para o novo ano. Embora a tradição seja respeitada mais pelas crianças, em tempos de recessão não custa buscar uma ajudinha dos deuses.
Fonte: Revista Época, link para materia completa: