domingo, 3 de abril de 2011
Meu deus é mais deus que o seu, parte II.
Se há uma certeza sobre as religiões é a de que nesse instante há bilhões de pessoas no planeta fazendo a coisa errada.
Muçulmanos rezam todos os dias virados para Meca.
Católicos comungam e confessam seus pecados.
Judeus não comem carne com leite nem trabalham aos sábados.
Espíritas conversam com os desencarnados e após a morte tratam-se em
centros de recuperação que flutuam sobre o Rio de Janeiro.
Umbandistas fazem sacrificios animais e mandam flores para deusas.
Para que estivessem todos certos o céu teria que estar todo loteado entre deuses, semi deuses e demais entidades, cada uma recompensando ou punindo seus súditos conforme suas ações, uma releitura do Monte Olimpo.
Para os cristãos e judeus, ao morrer, se formos bons, vamos para o lado de deus onde ficaremos até o final dos tempos.
Para os espíritas vamos reencarnar diversas vezes até termos esse direito.
Não há como os dois estarem certos, um dos dois grupos vai passar a vida toda acreditando na coisa errada.
A maioria dos dogmas religiosos é de um ridículo impressionante.
Que tal o que dá aos homens bomba 40 virgens no paraíso como recompensa por seu sacrifício? O que teriam feito as coitadinhas das virgens para merecer o destino de escrava sexual de terrorista?
Hoje mais de 40 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas em uma explosão em um templo no Paquistão. As vitimas são da linha moderada sufi e segundo a Folha de SP, militantes talebans - que seguem uma visão mais austera do ramo sunita do Islã, condenam outras interpretações como heréticas e já lançaram vários ataques contra grupos xiitas, sufis e as minorias cristãs - reivindicaram a responsabilidade pelos atentados deste domingo.
Matar para provar que seus deus é o certo e o dos outros é errado, vejam até onde pode ir a insensatez humana quando insuflada pelo fanatismo religioso.
Eu nunca ouvi falar em guerra ateista nem em homem bomba ateu.
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