segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nosso Lar: preparem-se, vem aí o filme, baseado em mais uma fraude de Chico Xavier.

Antes que me perguntem, sim, eu li "Nosso Lar". Como estilo literário é primário, tosquinho mesmo, um passo além do tatibitati. Já a história... ah, quanta fantasia. Segundo o "autor" (o "espírito" de André Luiz) a vida aqui na terra é que imita a vida espiritual, o que explica sua descrição do que nos espera após a morte. Se você aguardava uma vida tocando harpa na nuvem, ou sentadinho(a) ao lado de um deus barbudo e velhinho, esqueça. Segundo o texto "psicografado" por Chico Xavier (aquele que tirava fotos ao lado de fantasmas e colocava lençois na boca de pessoas em transe para dizer que era ectoplasma)ao morrer vamos para uma espécie de triagem onde ficamos por um tempo variável, que depende de nosso estágio de "iluminação" e dos pecados cometidos na última vida. Depois disso vamos para uma cidade - Nosso Lar - onde temos casas, prédios, ônibus (?!?), ministérios (oh, não!) e tudo mais que temos nesta vida aqui. Nada há de espantoso nisso, afinal, segundo eles, a vida aqui é que foi feita como uma imitação da "de lá", como resultado de nossas memórias profundas das outras vezes que já moramos em Nosso Lar.
Claro, para quem acredita em Adão e Eva, maçã do pecado, virgens que dão a luz e mortos que ressuscitam... acreditar nessa fábula é fichinha. Mas mesmo os mais dedicados crentes terão alguma dificuldade em crer na primariedade do que é contado em Nosso Lar.
Não leia o livro, não veja o filme, não perca seu tempo.
Quem se preocupa menos com vidas passadas e futuras... vive melhor esta.
Não deixe que uma fraude do tamanho de Chico Xavier tome seu dinheiro nem ocupe seu tempo.