segunda-feira, 28 de maio de 2012

Brilhante Saramago.


O cérebro humano é um grande criador de absurdos. Deus é o maior deles.
O  papa Bento XVI é um  "cínico", a "insolência reacionária" da Igreja precisa ser combatida com a "insolência da inteligência viva". "Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual desta pessoa.
Ao longo da História, as religiões, todas elas, sem exceção, fizeram à humanidade mais mal que bem. Todos o sabemos, mas não extraímos daí a conclusão óbvia: acabar com elas. Não será possível, mas ao menos tentêmo-lo. Pela análise, pela crítica implacável. A liberdade do ser humano assim o exige.
Será necessária uma argumentação muito retorcida para explicar e justificar os atos de barbárie de que a Bíblia está repleta.
Pessoalmente, não tenho nenhuma conta a ajustar com uma entidade que durante a eternidade anterior ao aparecimento do universo nada tinha feito (pelo menos não consta) e que depois decidiu sumir-se não se sabe para onde.
Deus não existe fora da cabeça das pessoas que nele creem.
(frases ditas pelo escritor portugues em entrevista ao "Estadão" em Outubro de 2009)



Lineu, o Poliateu.

Poliateísmo!
Adorei essa palavra pois com ela consigo definir com mais perfeição minha relig..., ops, minha filosofia de vida.
Afinal, não acredito no deus judaico cristão mas ele é apenas um dentre tantos e eu desacredito totalmente nos outros também.
Krishna, Thor, Tupã, Vossa Senhora, Ra, Iemanjá, Posseidon, Santo Antonio, todos merecem minha mais pura e sincera descrença.
Sempre me diverti muito com a arrogância dos cristãos que consideram todos os demais deuses como seres mitológicos e acreditam que o único que existe "de verdade" é o deles (aquele que mandava seus seguidores cortarem filhos ao meio e matarem mulheres e crianças de tribos infiéis).
Meu poliateismo inclui também diabos, anjos, espíritos, almas, beatos, santos de qualquer tipo.
E já que estou no embalo aproveito para dizer que também não creio em vida após a morte, reencarnação, ressurreição, juizo final, blasfêmia, pecado.... e muito menos em padres, bispos, cardeais, promessas, terços, comunhão, crisma e, claro, dízimos. Ou trízimos, nova moda.
O ateismo simples é muito libertador, só quem o experimenta sabe o alívio que proporciona não ter mais que ficar dando nó na lógica para levar a sério antigas lendas e tradições orais de peregrinos do deserto de milhares de anos atrás.
Poliateísmo, posso dizer, é poli-libertador!