O físico teórico Lawrence Krauss já tomou parte em muitos tópicos complicados, da evolução até o estado das políticas científicas, passando pela física quântica e até a ciência em Star Trek. Mas em um de seus livros, ele talvez fale sobre o assunto limite: como nosso universo surgiu do nada sem uma intervenção divina.
O argumento de que Deus foi o responsável pelo toque inicial, dando vida ao cosmos, vem desde Aristóteles e Tomás de Aquino. Em debates com teólogos, “a questão ‘porque existe algo ao invés de nada’ sempre aparece como ‘inexplicável’ e implica a existência de um criador”, afirma Krauss. “Nós já fomos tão longe, que responder essa pergunta – ou fazer questões similares – virou parte da ciência”.
Ele comentou essa intrigante questão em uma palestra gravada, em uma conferência da Aliança Ateísta Internacional, em 2009. O vídeo já teve mais de um milhão de visualizações, e incitou Krauss a publicar seu mais novo livro, “A Universe From Nothing”.
Porque existe algo ao invés de nada? O cientista afirma que essa questão implica uma pesquisa que não está realmente no propósito científico. “O ‘porque’ nunca é realmente um ‘porque’… de verdade, quando dizemos ‘porque’, estamos querendo saber ‘como’”.
Ok, mas então como temos um universo do nada? Krauss traça uma série de descobertas, desde a teoria geral da relatividade de Einstein até os últimos estudos da energia escura, exemplificando como os cientistas determinaram que os espaços vazios estão preenchidos com energia, na forma de partículas virtuais. Da perspectiva da física quântica, as partículas entram e saem da existência a todo o tempo. Pra Krauss e muitos outros teóricos, o nada é tão instável que ele tem que criado algo: em nosso caso, o universo.
E ainda mais. Krauss e seus colegas tem a visão de que pode haver uma sucessão infindável de big bangs, criando muitos universos com diferentes parâmetros e leis físicas. Alguns desses volta ao nada imediatamente, enquanto outros – como o nosso – ficam por aí tempo suficiente para dar origem às galáxias, estrelas, planetas e vida. Os cientistas ainda não têm uma forma de testar essa hipótese, mas isso explicaria como temos sorte de estar vivos: ganhamos na loteria cósmica.
“Alguns dizem ‘Bom, isso é só uma escapatória’”, comenta Krauss. “Mas é uma desculpa menor do que Deus”.
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Viagens e muito trabalho estão deixando o blogueiro sem muito tempo para blogar...mas aproveito para divulgar as excelentes matérias publicadas pelo Hypescience sobre temas muito discutidos aqui.
Este de hoje, por exemplo, é um dos campeões: do nada pode ter surgido um universo?
Segue o link para o texto completo:
http://hypescience.com/como-ter-um-universo-inteiro-do-nada/
Eu fico de "queixo caído" ao ver pessoas inteligentes, que se dizem "científicas", acreditarem que a ordem espetacular do universo, suas leis, sua harmonia, enfim, toda essa engrenagem maravilhosa tenha surgido sozinha... eu só desejaria saber o que se passa na cabeça dessas pessoas; falando sério.
ResponderExcluirNem o genial Einstein acreditava nisso, pois, inteligentíssimo como era, não podia conceber tal absurdo.
A cobrinha que fala perde longe ...
Não, não perde não... e não é só a cobrinha, lembre-se da jumenta falante. Além disse, seu livro mágico fala em homens que viviam 500 anos, começavam a ter filhos e morriam aos 900, além de arcas cheias de bichos, estrelas que mostram caminhos, virgens que dão a luz, a série é longa.
ExcluirA principal diferença, Fernando, é que voce se baseia em um livro imutável e assim são os seus conceitos, estagnados.
A ciência, ao contrário, evolui (ops!) e está sempre em busca das respostas que ainda não possui.
E os Astecas Fernando? Kkk
ResponderExcluirNão vejo o problema de acreditar, digo, deduzir que ele veio do nada ou de uma explosão simplesmente ou que sempre existiu. Eu não acredito nisto que vou falar, mas não descarto a hipotese do universo ter sido criado (ponto). Não pelo deus jeova ou alá, mas por alguma energia sei lá extraterrestres. Quem sabe? Mas como não tenho provas, não acredito. Por isto falei, NÃO DESCARTO. Ignorancia é acreditar em algo sem evidências. Inteligência é estar aberto a evidências, pesquisas e mudanças.
A respeito dos Astecas já respondi. Agora... "acreditar em algo sem evidências" ?!?! Sem evidências... mama mia !
ResponderExcluirLineu, eu não me baseio só na bíblia, mas em evidências históricas, arqueológicas e na tradição apostólica. Por exemplo: você citou "estrelas que mostram caminhos", pois bem... a ciência já provou que um cometa ou algo parecido cruzou os céus naquela época, mais precisamente em abril e há aproximadamente 2016 anos, que seria a data correta do nascimento de Jesus.
Boas férias e um feliz natal.
Um cometa passando é um evento astronômico, apenas isso... ninguém envia
Excluircometas para indicar caminhos mesmo porque eles seriam péssimos para isso, o seu deus, se existisse, com certeza saberia disso e enviaria logo uma inspiração aos reizinhos, funcionaria bem melhor.
Feliz nateu para você também !!
Eu só queria te mostrar que a bíblia, "o livrinho mágico", como você diz, cita esse acontecimento... só isso.
ResponderExcluirEm 1977 um grupo de pesquisadores britânicos (Clark Parkinson e Stephenson) constataram que os estudos astronômicos chineses registraram em março do ano 5 a.C. a aparição de um objeto brilhante, provavelmente uma nova, que permaneceu visível por cerca de 70 dias entre as constelações de Aquila e de Capricórnio.
Naqueles anos surgiu Hughes com um volume inteiro dedicado à questão “Estrela de Belém” (The Star of Bethlehem Mystery, London, 1979). Vieram alguns artigos de outros estudiosos e as hipóteses se articularam, até que hoje são múltiplas: se a estrela de Belém fosse um objeto (cometa, nova, supernova) ou um fenômeno (conjunção planetária, configuração astrológica, surgimento helicoidal, observações relacionadas com a precessão dos equinócios). Até o momento, a literatura sobre o assunto continua a ser alimentada e atualizada, de tal forma que envolve acadêmicos importantes. A persistência do interesse na questão tem um precedente ilustre que remonta ao século XVII, quando o próprio Kepler calculou que no 7 a.C. houve uma tríplice conjunção entre Júpiter e Saturno ocorrida no 7 a.C. na constelação dos Peixes (cheia de significados particulares), reevocando uma antecipação da astronomia dos Caldeus.