Antigas tradições da civilização humana de tempos em tempos precisam se renovar para se manterem vivas.
A família real inglesa - que sofre rejeição de boa parte das novas gerações de britânicos - recebe com alívio uma lufada de ar fresco com a chegada de uma linda "princesa", como nos contos de fadas. Não seria mesmo fácil seguir em frente apenas com um herdeiro tão sem graça quanto o Principe Charles e o novo casal surge para renovar e sacudir a imagem e o faturamento real.
Algo parecido vemos acontecer, ao mesmo tempo, no Vaticano, que se apressa em beatificar seu papa anterior, como sempre de forma totalmente desprovida de qualquer fundamentação cientifica (até porque isso seria impossível).
Segundo a igreja católica aquele simpático polonês morreu, sacudiu a poeira, instalou-se na nuvem mais próxima e agora passa seu tempo selecionando quais fieis serão beneficiados por sua força curativa milagrosa.
Milhares rezam pedindo ajuda e os resultados nunca fogem das medias: alguns morrem, outros melhoram, outros pioram, alguns se curam, da mesma forma que aconteceria se ninguém tivesse rezado.
Mas a igreja, espertamente, pega os casos dos que se curaram e proclama: milagre!
E se há milagre, há santo, claro.
Sinceramente, prefiro acreditar na Kate e no William.
Estas duas notícias nesta semnana, me fizeram se sentir no século XVI, ou XVII. Será que as sociedades ocidentais mudaram tanto assim pós iluminismo?
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