Os psicólogos Darrel Ray e Amanda Brown fizeram uma pesquisa chamada Sexo e Secularismo, sobre qualidade sexual entre religiosos e não-religiosos na Universidade do Kansas com 14.500 pessoas. Resultado? Ateus desfrutam mais da atividade do que os religiosos.
Ambos os grupos reconhecem certas atividades, como olhar revistas de entretenimento adulto, descascar a banana e chupeta, como estimulantes. No entanto, os religiosos são afetados pela culpa, culpa essa que se estende por vários dias depois do evento.
Foram selecionadas pessoas que mantém a mesma frequência semanal de sexo para diminuir o índice de distorção dos dados.
Entre os que sentem mais culpa, de 0 a 10, os mórmons ganham disparado com uma média de 8,19. Os Testemunhas de Jeová vêm em segundo, depois vêm os Evangélicos Pentecostais (leia-se Congregação Cristã e Assembléia de Deus), depois os Adventistas do Sétimo Dia, depois os Batistas, e por aí vai. Os Católicos têm uma média de 6,34 pontos, os Luteranos 5,88.
Já os ateus têm o índice mais baixo de culpa: 4,71. Os agnósticos (termo antigo designando geralmente ateus que não saíram do armário ou pessoas que não ligam nada para religião) teriam 4,81.
De todas as pessoas que cresceram em famílias extremamente religiosas, 22,5% sentem vergonha quando fazem o 5 contra 1. Já quem vem de família menos religiosa, a média é de 5,5%.
A pesquisa também apurou que pessoas que deixam a religião de lado e se tornam ateístas obtém uma melhora bem grande (e que grande!) na satisfação sexual. Isso surpreendeu Darrel Ray porque ele achava que a culpa não seria eliminada tanto assim por causa da repressão religiosa.
Tá certo que isso é só uma pesquisa e que mais provavelmente virão. Alguns outros psicólogos questionam saudavelmente os resultados e gostariam de olhar mais pessoas fazendo sexo… para pesquisa, é claro.
Mas o resultado mostra o que todo ateu já sabia: repressão sexual faz parte dos fundamentos da religião. Toda religião fatura quando faz seus fiéis ficarem com medo de uma punição eterna e injusta após a morte, e dizer que fazer sexo é pecado é uma maneira muito fácil de obter esse resultado.
====================
Fonte: Ateus do Brasil
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Boas festas a todos....
Hoje, em respeito aos teístas, nem vou citar que 25 de dezembro é uma data inventada, não vou me referir ao fato da lenda de Jesus ser plagiada de outras mais antigas e de jeito nenhum vou comentar o fato da historia dele não fazer o menor sentido.
Vou apenas desejar boas festas aos leitores, críticos, amigos, e um ótimo 2012 para todos (caso os Maias não estejam certos, claro).
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Lógica (?) Cristã – parte I
Os ensinamentos e dogmas do cristianismo, como já comentamos aqui diversas vezes, não fazem o menor sentido, são um ajuntamento de afirmações ilógicas e de regras sem pé nem cabeça, baseadas em uma lenda primitiva, plagiada e desprovida de qualquer embasamento minimamente comprovável.
Somos, no entanto, criados e educados (pelo menos nos países de maioria cristã) a aceitar esses dogmas todos sem discutir. Aliás, sem pensar, sem sequer questionar, simplesmente temos que acreditar, ter a tal da fé e obedecer.
Se possível pagando 10% de dízimo para a paróquia mais próxima.
Porque, caro leitor, se você parar para pensar...pensar de verdade... esquecendo tudo que enfiaram dentro da sua cabeça desde que você nasceu... você vai rir e jogar fora seu terço e sua folhinha do “sagrado” coração de Jesus.
Segundo a bíblia, deus fez o mundo em 7 dias uns 4 ou 5 mil anos atrás.
Já começa por aqui, não é mesmo? Para uma estultice dessas ser verdade temos que acreditar que os egípcios construíram as pirâmides com ajuda dos dinossauros....
Mas tem coisa bem pior, o que dizer do tal pecado original?
Dona Eva ouve a cobrinha falante, come a maçazinha proibida, faz ela e Adão perderem o paraíso (que deve ter ficado para a cobra...) e dali para frente todas as bilhões de criancinhas que nasceram vieram ao mundo “manchadas” pelo tal pecado.
Super lógico isso, não?
E daí para frente só piora.
Para que as pobres crianças parem de nascer maculadas pelo tal pecado foi preciso que deus enviasse seu filho à terra em missão especial: morrer por nós.
Porque diabos (opa!) um filho de deus morto nos redime do tal pecado??????????????
E, para agravar a falta de lógica disso tudo, o tal filho de deus não morreu... só fingiu.
Ou seja, não fez sacrifício algum!!
Nada diferente de um ator que entra no palco e interpreta um papel.
Hitchens costumava comparar Jesus a Ivanhoé, Robin Hood, personagens assim, provavelmente baseados em um ser real mas cujas aventuras e feitos foram em muito romanceados e exagerados, como faz qualquer autor de novelas.
Mas pelos menos não existe a Igreja Robinhoodiana do Setimo Dia, não é mesmo?
A falta de lógica dessa religião é um espanto... para o post não ficar longo demais eu volto ao assunto em breve.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Morre o escritor Christopher Hitchens, autor de "Deus não é grande".
O escritor e jornalista britânico Christopher Hitchens, autor do célebre livro "Deus não é grande", morreu em Houston (EUA) vítima de um câncer no esôfago, informa em sua edição digital a revista Vanity Fair.
Nascido em 1949 em Portsmouth (Reino Unido), Hitchens morreu na noite de quinta-feira (15) no hospital MD Anderson Cancer Center, em Houston, da mesma doença que levou seu pai.
A detecção da doença aconteceu quando o escritor promovia sua última obra, as memórias intituladas "Hitch-22".
Considerado um dos intelectuais mais polêmicos e influentes do cenário internacional nos últimos 30 anos, Hitchens se mudou para os Estados Unidos em 1981 e colaborou com as publicações mais prestigiadas nos dois lados do Atlântico: "Vanity Fair", "Slate", "The Nation", "The New York Review of Books", "The Times" e "National Geographic", entre outras.
(Folha SP, 16/12/11)
=================================================
Uma grande perda.
Li "Deus não é grande" e recomendo, Hitchens foi um dos grandes do pensamento ateista.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
domingo, 11 de dezembro de 2011
Acreditar é humano.
A religião nasceu da união de reverência e necessidade. E, assim, continua definindo como a maioria vê o mundo
O ser humano é um animal acreditador. Talvez esse seja um bom modo de definir nossa espécie. "Humanos são primatas com autoconsciência e a habilidade de acreditar." Já que " acreditar" sempre pede um "em quê?", refiro-me aqui a acreditar em poderes que transcendem a percepção do real, algo além da dimensão da vida ordinária, além do que podemos perceber apenas com nossos sentidos.
Eu me pergunto se a necessidade de acreditar em algo (não uso a palavra "fé", pois essa tem toda uma conotação religiosa) é consequência da consciência. Será que outras inteligências cósmicas também acreditam?
Parece que somos incapazes de viver nossas vidas sem acreditar na existência de algo maior do que nós, algo além do "meramente" humano. Bem, nem todos nós, mas a maioria. Isso desde muito tempo. Para os babilônios e egípcios, os céus eram mágicos, a morada dos deuses, ponte entre o humano e o divino. Interpretar os céus era interpretar mensagens dos deuses, muitas vezes dirigidas a nós mortais.
Essa divinização da natureza é muito mais antiga do que a civilização. Pinturas rupestres, os símbolos mais antigos da expressão humana, já demonstram a atração que nossos ancestrais nas cavernas tinham pelo desconhecido, sua reverência por poderes além de seu controle. As pinturas de animais representavam encantamentos, uma mágica gráfica criada com o objetivo de auxiliar os caçadores em sua empreitada, cujo sucesso garantia a sobrevivência do grupo.
Fico imaginando o poder que essas imagens -que dançavam à luz do fogo- exerciam sobre o grupo reunido na caverna, uma tentativa de recriar a realidade para ter algum controle sobre ela. A religião nasceu da combinação de reverência e necessidade. E assim continua, definindo como a maioria dos humanos vê o mundo.
Mesmo após termos desenvolvido meios para explorar fontes de energia da natureza, estamos ainda à mercê dos elementos. Muitos chamam enchentes, tornados, erupções vulcânicas ou terremotos de atos divinos, representando forças além do nosso controle.
A ciência, claro, atribui esses desastres a causas naturais, o que acarreta abandonar a crença de que a fé pode nos ajudar de alguma forma a controlá-los. Fica difícil, hoje em dia, rezar para o deus do vulcão ou para o deus da chuva.
Esse é um desafio para a ciência e para os seus educadores: a ciência pode explicar, às vezes prever e, até certo ponto, proteger-nos de desastres naturais. Porém, não pode competir com o poder da crença na imaginação humana, mesmo na completa ausência de evidência de que possa nos proteger contra desastres naturais.
O mundo estava cheio de deuses no início da história da nossa espécie e, para muitas pessoas, assim continua. A resposta, parece, não é tentar transformar a ciência numa espécie de deus, substituindo uma crença por outra, mas, ao contrário, mostrar que vidas podem ser vividas sem a crença em poderes divinos cuja intenção é nos manipular, seja para o bem ou para o mal.
Talvez a maior invenção da vida na Terra tenha sido essa espécie de primatas com a capacidade de imaginar realidades que a transcendem.
MARCELO GLEISER, Folha de SP, 11/12/11
(professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de "Criação Imperfeita")
O ser humano é um animal acreditador. Talvez esse seja um bom modo de definir nossa espécie. "Humanos são primatas com autoconsciência e a habilidade de acreditar." Já que " acreditar" sempre pede um "em quê?", refiro-me aqui a acreditar em poderes que transcendem a percepção do real, algo além da dimensão da vida ordinária, além do que podemos perceber apenas com nossos sentidos.
Eu me pergunto se a necessidade de acreditar em algo (não uso a palavra "fé", pois essa tem toda uma conotação religiosa) é consequência da consciência. Será que outras inteligências cósmicas também acreditam?
Parece que somos incapazes de viver nossas vidas sem acreditar na existência de algo maior do que nós, algo além do "meramente" humano. Bem, nem todos nós, mas a maioria. Isso desde muito tempo. Para os babilônios e egípcios, os céus eram mágicos, a morada dos deuses, ponte entre o humano e o divino. Interpretar os céus era interpretar mensagens dos deuses, muitas vezes dirigidas a nós mortais.
Essa divinização da natureza é muito mais antiga do que a civilização. Pinturas rupestres, os símbolos mais antigos da expressão humana, já demonstram a atração que nossos ancestrais nas cavernas tinham pelo desconhecido, sua reverência por poderes além de seu controle. As pinturas de animais representavam encantamentos, uma mágica gráfica criada com o objetivo de auxiliar os caçadores em sua empreitada, cujo sucesso garantia a sobrevivência do grupo.
Fico imaginando o poder que essas imagens -que dançavam à luz do fogo- exerciam sobre o grupo reunido na caverna, uma tentativa de recriar a realidade para ter algum controle sobre ela. A religião nasceu da combinação de reverência e necessidade. E assim continua, definindo como a maioria dos humanos vê o mundo.
Mesmo após termos desenvolvido meios para explorar fontes de energia da natureza, estamos ainda à mercê dos elementos. Muitos chamam enchentes, tornados, erupções vulcânicas ou terremotos de atos divinos, representando forças além do nosso controle.
A ciência, claro, atribui esses desastres a causas naturais, o que acarreta abandonar a crença de que a fé pode nos ajudar de alguma forma a controlá-los. Fica difícil, hoje em dia, rezar para o deus do vulcão ou para o deus da chuva.
Esse é um desafio para a ciência e para os seus educadores: a ciência pode explicar, às vezes prever e, até certo ponto, proteger-nos de desastres naturais. Porém, não pode competir com o poder da crença na imaginação humana, mesmo na completa ausência de evidência de que possa nos proteger contra desastres naturais.
O mundo estava cheio de deuses no início da história da nossa espécie e, para muitas pessoas, assim continua. A resposta, parece, não é tentar transformar a ciência numa espécie de deus, substituindo uma crença por outra, mas, ao contrário, mostrar que vidas podem ser vividas sem a crença em poderes divinos cuja intenção é nos manipular, seja para o bem ou para o mal.
Talvez a maior invenção da vida na Terra tenha sido essa espécie de primatas com a capacidade de imaginar realidades que a transcendem.
MARCELO GLEISER, Folha de SP, 11/12/11
(professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor de "Criação Imperfeita")
sábado, 10 de dezembro de 2011
Fundamentos do ateísmo: que belo texto!
HÉLIO SCHWARTSMAN - Folha de SP - 10/12/2011
SÃO PAULO - Já que dois amigos meus, Ives Gandra Martins e Daniel Sottomaior, se engalfinharam em polêmica acerca de um suposto fundamentalismo ateu, aproveito para meter o bedelho nessa intrigante questão. Como não poderia deixar de ser, minha posição é bem mais próxima da de Daniel que da de Ives.
Não se pode chamar de fundamentalista quem exige provas antes de crer. Aqui, o alcance do ceticismo é dado de antemão: a dúvida vai até o surgimento de evidências fortes, as quais, em 2.000 anos de cristianismo, ainda não apareceram.
Ao contrário, dogmas vão contra tudo o que sabemos sobre o mundo. Virgens não costumam dar à luz e pessoas não saem por aí ressuscitando. Em contextos normais, um homem que veste saias e proclama transformar vinho em sangue seria internado. Quando se trata de religião, porém, aceitamos violações à física e à lógica. Por quê?
Ou Deus existe e espera de nós atitudes exóticas -e inconsistentes de uma fé para outra-, ou o problema está em nós, mais especificamente em nossos cérebros, que fazem coisas esquisitas no modo religioso.
Fico com a segunda hipótese. Corrobora-a um número crescente de cientistas que descrevem a religiosidade ou sua ausência como estilos cognitivos diversos. Ateus privilegiam a ciência e a lógica, ao passo que crentes dão mais ênfase a suas intuições, que estão sempre a buscar padrões e a criar agentes.
Posta nesses termos, fé e ceticismo se tornam um amálgama de influências genéticas e culturais difícil de destrinchar -e de modificar.
Como bom ateu liberal, aplaudo avanços no secularismo, já que contrabalançam o lado exclusivista das religiões, que não raro degenera em violência e obscurantismo. Mas, ao contrário de colegas mais veementes, acho que a religião, a exemplo do que se dá com filatelia, literatura e sexo, pode, se bem usada, ser fonte legítima de bem-estar e prazer.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Resposta do Frade Demetrius dos Santos Silva sobre a decisão do Ministério Público de São Paulo de retirar a cruz das repartiçoes públicas
É claro que sou contra (e todos deveriam ser) a presença de cruzes e quaisquer outros símbolos religiosos em locais públicos.
Primeiro, por estarmos em um país laico.
Segundo, por ser uma pratica que pode ofender ou incomodar pessoas não religiosas ou de outras religiões.
Em agosto de 2009 o Ministério Público pediu a retirada dos símbolos religiosos e o Frade Demetrius, sobre o assunto, enviou à Folha de SP uma carta. O curioso é que ele, como religioso, deveria, em tese, defender a presenças das cruzes, mas acaba seguindo por um caminho interessante, vejam só:
============================================
Palavras do Frade Demetrius dos Santos Silva, publicadas no jornal ‘Folha de São Paulo’ de 09/08/2009:
“Sou padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas. Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!
Jamais gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas. Não quero ver a Cruz nas Câmaras Legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte. Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados. Não quero ver a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento.
É preciso retirar a cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos e dos pobres.”
==========================================
Tirando essa parte do "Cristo não abençoa...", o resto assino embaixo.
Primeiro, por estarmos em um país laico.
Segundo, por ser uma pratica que pode ofender ou incomodar pessoas não religiosas ou de outras religiões.
Em agosto de 2009 o Ministério Público pediu a retirada dos símbolos religiosos e o Frade Demetrius, sobre o assunto, enviou à Folha de SP uma carta. O curioso é que ele, como religioso, deveria, em tese, defender a presenças das cruzes, mas acaba seguindo por um caminho interessante, vejam só:
============================================
Palavras do Frade Demetrius dos Santos Silva, publicadas no jornal ‘Folha de São Paulo’ de 09/08/2009:
“Sou padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas. Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!
Jamais gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas. Não quero ver a Cruz nas Câmaras Legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte. Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados. Não quero ver a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento.
É preciso retirar a cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos e dos pobres.”
==========================================
Tirando essa parte do "Cristo não abençoa...", o resto assino embaixo.
Assinar:
Postagens (Atom)