domingo, 19 de agosto de 2012

Pai Nosso que estais no Olimpo




Na Olimpíada, muitos atletas erguerem as mãos para o céu. Nossa equipe feminina de vôlei celebrou o ouro com um uníssono e circular Padre-Nosso. Deus jogara do seu lado, o que significa logicamente que, por algum motivo, não jogara do outro. Sejamos compreensivos: não há lógica nessa preferência divina, há outra coisa, igualmente respeitável.
Quando os times perdem, significa que sua fé de vencedor é menor? Talvez se dê o mesmo com o sentimento de honra. Honra, na origem, é a disputa para saber quem faz a maior doação a outrem - este será o mais honrado. Neste caso, a coletividade é o juiz; no da fé, é Deus.
Para que serve o Padre-Nosso. Se macumba ganhasse jogo, dizia João Saldanha, o campeonato baiano terminava empatado. O Padre-Nosso, antes ou depois do jogo, será eficaz? Não, o adversário pode vencer. O que funciona é a confiança no Deus que se tem. "Deus é fiel", dizem os para-choques de caminhão. O Padre-Nosso após os jogos reitera a confiança em Deus. Confiança é um conceito chave na modernidade. A civilização moderna (ou capitalista, se preferimos falar do modo de produção) é tão complexa, tão inacessível à inteligência do homem comum, que só funciona porque confiamos em peritos. Não sei como funciona um celular, como os técnicos da Nasa puseram um robô em Marte, como o dinheiro que aplico aumenta, ou diminui, enquanto durmo, etc. - em qualquer caso eu confio que algum perito sabe e age por mim. Esse perito, indispensável entre nós e as coisas (máquinas, artefatos, habitus, procedimentos, crenças, etc.), é identificado por um rosto confiável. Quem confiaria num cirurgião de piercing no nariz, por exemplo? Ou num jornalista financeiro de bermudas? Deus (com o devido respeito aos que o amam e que têm dele outra definição) é o rosto confiável de uma infinita perícia: a que faz funcionar o mundo. Por isso, o idealizamos a nossa imagem e semelhança, e não o contrário. A imagem do Cristo é de um branco, cabelos lisos, olhos azuis; a de Apolo também: nenhum grego tinha aquele nariz, aqueles cabelos. Nenhum ioruba tem coxas como as de Xangô.
O fingimento dos ateus. Nunca vi um atleta se recusar à corrente do Padre-Nosso. Os que são evangélicos, budistas, espíritas, candomblezeiros, muçulmanos, fazem o que naquela hora? Recitam o Padre-Nosso como mantra, quase como o Hino Nacional - e ponto final. Ou fingem rezar, como os africanos e índios escravizados diante das imagens de santos. Olhavam uma coisa, viam outra. Os jesuítas reclamavam da conversão dos índios: era tão imediata que não podia ser sincera.
Se há ateus entre os atletas brasileiros, são pouquíssimos e não ousariam quebrar a união do grupo. Suponho que os evangélicos, sendo cristãos, pouco se importam. Budistas, macumbeiros, espíritas, idem. Muçulmanos talvez se recusassem - mas nunca vi um deles em qualquer time brasileiro, de qualquer modalidade.
Mesmo ateus, salvo os militantes, tipo Richard Dawkins, podem se sentir à vontade em correntes de oração. Vi uma vez Manoel Zapata, o escritor colombiano, se ajoelhar diante do altar da Lampadosa, no Rio, a última parada do Tiradentes antes da forca. Sendo ele ateu impenitente, perguntei por que o fazia. "Não me ajoelho para o santo, mas para os que acreditam nele."
O fingimento dos macumbeiros. Certa vez tomei café da manhã com Menininha do Gantois. Ela ligou o rádio no programa de um pastor evangélico. Percebendo minha surpresa, explicou: "É para começar o dia, não perco uma pregação". Mesmo quando ataca o candomblé? "Não tem importância, vale tudo para a elevação espiritual." Tema clássico da antropologia essa peculiaridade das religiões arcaicas, cada povo tem o seu deus, mas não dispensa os dos outros. O proselitismo é invenção do monoteísmo. Nas conquistas antigas, os deuses dos conquistados aumentavam o panteão dos conquistadores. Isso aconteceu mesmo na América, onde os deuses locais foram incorporados quase sempre com sinal trocado - como aquele Anhangá tupi, virado em demônio - ou indiretamente, a medo. O Cristo Redentor abençoa todos os cariocas, mesmo os que dispensam bênçãos. Ateus e macumbeiros desdenham a hegemonia católica. Cuidado, portanto. Pode haver ateus e macumbeiros entre os recitadores do Padre-Nosso olímpico. 
JOEL RUFINO DOS SANTOS - no Estadão de hoje.

Ciência, fé e extrapolação.



Será que podemos compreender o mundo sem ter alguma espécie de crença? Essa não só é uma das questões centrais da dicotomia entre a ciência e a fé como também influencia de que modo um indivíduo se relaciona com o mundo.
Se contrastarmos explicações míticas e científicas da realidade, podemos dizer que mitos religiosos procuram explicar o desconhecido com o "desconhecível", enquanto que a ciência procura explicar o desconhecido com o "conhecível".
A tensão vem da crença de que duas realidades independentes existem em pé de igualdade; uma que pertence a este mundo (e que é, portanto, "conhecível"), e outra fora dele (e que é, portanto, "desconhecível" ou inescrutável).
Tanto o cientista quanto o crente acreditam, se bem que a crença de cada um é bem diferente. A do cientista se manifesta de forma clara quando faz uma extrapolação de uma teoria ou modelo além de seus limites testados.
Por exemplo, ao afirmar que "a gravidade atua da mesma forma em todo o Universo", ou "a teoria da evolução por seleção natural se aplica a todas as formas de vida, inclusive as extraterrestres", não sabemos se essas extrapolações são verdadeiras. Mas, dado o sucesso das teorias em que se baseiam, vale a pena apostar nelas. Testes futuros confirmarão (ou não) a veracidade da extrapolação.
Sem esse tipo de fé no poder da extrapolação, a ciência não avançaria. Eis um exemplo. A teoria da gravitação universal de Newton, explicada no Livro 3 do seu monumental "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural", deveria ter sido chamada de "teoria da gravitação do Sistema Solar", já que, no século 17, não havia como testá-la.
Porém, Newton foi em frente e supôs que a força da gravidade-proporcional à massa dos corpos e inversamente proporcional ao quadrado de sua distância- funcionaria em todo o Cosmo: "Se foi estabelecido que todo corpo na vizinhança da Terra gravita em direção à ela em proporção à sua matéria, teremos de concluir que todos os corpos exercem gravitação mútua".
Mais tarde, em carta datada de 10 de dezembro de 1692 e endereçada a Richard Bentley, teólogo de Cambridge, Newton usa a mesma extrapolação para argumentar que o Universo deve ser infinito.
Se a gravidade atuasse sobre um Universo finito, pensou Bentley, não causaria o colapso de toda a matéria no seu centro? Newton concordou que esse seria o destino da matéria num universo finito.
Porém, sugeriu, "se a matéria estiver distribuída de forma homogênea em um Universo infinito, não colapsaria em uma única massa; um pouco de matéria se aglomeraria em um lugar, um pouco mais em outro, constituindo um número infinito de grandes massas, espalhadas pelas distâncias do espaço".
A crença de Newton na natureza universal da gravidade era tão forte que o levou a especular com confiança sobre a extensão espacial do Cosmo. Einstein fez algo semelhante, mas temos de deixar essa história para outra semana.
Para avançar em suas teorias, o cientista precisa ter a coragem de arriscar e de estar errado. Só quando nos atrevemos a arriscar e errar é que podemos, talvez, enxergar um pouco mais longe do que os outros.
MARCELO GLEISER (FSP, 19/08/12)

sábado, 18 de agosto de 2012

Deus ajuda mensaleiros?



O deputado petista João Paulo Cunha - réu no caso mensalão -  declarou que a fé em deus vai salva-lo das "injustiças" humanas.
Para recordar, o nobre deputado é aquele cuja esposa foi ao banco pagar uma conta de TV a cabo e de lá saiu com R$ 50 mil em dinheiro vivo na bolsa. 
Segundo Cunha a fé em deus o ajuda a manter o ânimo nesse momento.
Eu fico aqui imaginando que se existisse um deus ele provavelmente teria coisas bem mais importantes a fazer que salvar políticos enroscados em desvios de dinheiro público.
Se bem que coerência nunca foi o forte desse deus judaico-cristão, basta lembrar que teve um trabalhão danado para ajudar Moisés a abrir o mar para salvar seu "povo escolhido" do cativeiro mas depois esqueceu-se de abrir os portões dos campos de concentração nazistas que matavam milhares de judeus todos os dias.
Esse deus a quem o mensaleiro hoje apela é o mesmo que nos ama incondicionalmente mas recomenda apedrejar adulteras e assassinar pessoas que trabalham aos sábados.
É, pensando melhor, João Paulo Cunha talvez tenha motivos para ter esperanças.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Mais educação = menos ilusão.


O que é uma teoria?



Uma das “acusações” lançadas aos cientistas é que a evolução é só uma teoria, não uma lei ou um fato, e que portanto, não merece confiança. Em parte, tal acusação é verdadeira: a teoria da evolução não é uma lei, é “só uma teoria”. Mas a teoria da gravitação também “é só uma teoria”, e você não vê ninguém se amarrando ao chão por causa disso.
“Teoria” no sentido coloquial (“Tenho uma teoria de que meu irmão está comendo meu chocolate”) é muito diferente de uma teoria científica. Não existe tal coisa como “só uma teoria” científica. A do chocolate é uma “teoria” muito diferente da teoria da relatividade, por exemplo. A teoria da relatividade é uma teoria científica, que se relaciona com fatos e hipóteses, e é constantemente substituída ou aperfeiçoada ao longo de muito tempo e esforço. 
Quando os cientistas usam o termo “teoria” você tem que lembrar que este termo é parte do jargão da profissão deles e quando você usa no seu dia-a-dia está se referindo a uma hipótese.

O que é uma teoria? 

“A ciência não passa do bom senso exercitado e organizado” — Aldous Huxley

A Academia Nacional de Ciências dos EUA define uma teoria como sendo “uma explicação plausível ou cientificamente aceitável, bem fundamentada, que explica algum aspecto do mundo natural. Um sistema organizado de conhecimento aceito que se aplica a uma variedade de circunstâncias para explicar um conjunto específico de fenômenos e predizer as características de fenômenos ainda não observados”.
O dicionário Michaelis On-line define teoria como sendo uma “hipótese já posta à prova, no mundo real, confirmada e, assim, aceita por cientistas orientados e experimentados no assunto; está, porém, sempre sujeita a modificação de acordo com novas descobertas”.
Uma teoria geralmente começa a partir da observação da natureza. Um fenômeno é observado, e a partir desta observação, um cientista ou equipe de cientistas chega a uma teoria, um modelo para explicar o fenômeno. Junto com a teoria também nascem hipóteses que, se provadas falsas, podem invalidar a teoria em parte ou totalmente.
Formulada a teoria e as hipóteses, o próximo passo é testá-las, fazendo previsões teóricas e observando as mesmas em laboratório ou na natureza.
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Como podemos perceber a ciência anda por um trilho muito diferente do usado pelas religiões. Para estas vale a fé, a vontade de acreditar em uma estória sem fundamentação alguma apenas pela sensação de segurança que ela proporciona.
Para a ciência não há zona de conforto, a verdade de hoje pode mudar amanhã ante novas descobertas e é isso que a torna fascinante.

Vale a pena ler a matéria completa desse ótimo site Hypescience, veja: 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A singularidade humana.


 A notícia ficou velha, mas não resisto a comentá-la: neurocientistas assinaram, no fim de julho, um manifesto em que afirmam que vários animais não humanos, incluindo aves e polvos, possuem algum tipo de consciência.
A questão é interessante porque evoca a singularidade humana. Mais ou menos a metade dos cientistas, aí incluídos os signatários do documento, acredita que o bicho-homem faz parte de um contínuo no qual se inscrevem todos os animais. Já a outra metade, acompanhada pelos religiosos, vê uma ruptura profunda entre a nossa espécie e as de nossos parentes, mesmo os próximos.
Uma frase do psicólogo David Premack dá a dimensão do cisma: "Por que será que o biólogo E.O. Wilson consegue distinguir entre dois tipos de formiga a uma distância de 90 metros, mas é incapaz de ver a diferença entre uma formiga e um homem?".
Não há muita dúvida de que existem diferenças e elas são gritantes. Para começar, nenhum outro animal conta com linguagem recursiva, que permite comunicar mais ou menos qualquer ideia. Também não se vê nos demais representantes do reino coisas como religião, crises existenciais ou gosto por música e poesia.
Ainda assim, é perfeitamente possível que essas diferenças se devam apenas a uma questão de grau, sem que necessitemos invocar uma especificidade irredutivelmente humana.
De minha parte, acompanho o raciocínio de Michael Gazzaniga, exposto em "Human". Para o neurocientista, existem diferenças tanto em nível molecular como anatômico, mas elas são ínfimas. O que torna o estudo do cérebro interessante é tentar compreender como variações tão diminutas nos neurônios e sua organização podem, pelo fenômeno da emergência, produzir um resultado final tão dramático em nossas mentes. Em suma, somos um bicho como qualquer outro mas que, por caprichos da natureza, acabou ficando com um cérebro bastante peculiar.
Hélio Schwartsman, FSP de 12/08/12

sábado, 11 de agosto de 2012

Minha religião!


"Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. 
Eis a minha religião." 

Abraham Lincoln

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Curiosidade científica custa barato, o que custa caro é manter igrejas!




Para aqueles que criticam o dinheiro gasto pelo governo norte americano em seu programa espacial seguem algumas curiosidades sobre o Curiosity:

Os 2,5 bilhões de dólares foram gastos aqui nos Estados Unidos, não em Marte. Geraram empregos, recolheram impostos e aqueceram a economia, além de fomentar a evolução científica e tecnológica, com benefícios diretos para muito outros setores.

O exercito norte americano gasta essa verba – 2,5 bi de dólares – a cada 33 horas.

Só em batata frita os americanos gastam U$ 7 bilhões por ano.

E se a isenção fiscal das igrejas fosse cancelada o dinheiro arrecadado em impostos seria suficiente para duas  missões  Curiosity por mês, para sempre.
(Fonte: United Atheists of America)

Ex-ateia versus Ex-católico.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Jipe da Nasa pousa em Marte: aqui é ciência, irmão!


Essa foto, ainda em baixa resolução, foi a primeira tirada pelo jipe Curiosity que acaba de pousar na superfície do planeta vermelho após uma complicada e arriscada operação de descida.
Só para lembrar: os cientistas que conseguem uma proeza tecnológica dessa são os mesmos que afirmam que o universo tem 13,75 bilhões de anos, que a vida evoluiu pela seleção natural e que a humanidade não descende de um só casal, bobagens bíblicas aceitas como verdade pelos fanáticos religiosos.
Ah, nada como acreditar em coisas comprováveis!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Santa ciência !!


O invés de santinhos, estatuetas, altares e outras coisinhas assim... que tal cultuarmos aqueles que verdadeiramente mudaram nossas vidas?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Crer em maluquices é parte da natureza humana, afirma cético.


Benjamin Radford, investigador de supostas ocorrências paranormais e editor da revista americana "Skeptical Inquirer", confessa sem muito constrangimento que tem um carinho especial pelos chupa-cabras, supostos monstros destruidores de rebanhos da América Latina.
Já os contatos com pessoas que acreditam piamente ter sido sequestradas por extraterrestres não foram tão divertidos, ao menos na experiência desse "cético profissional". "Eles são a minha maior fonte de ameaças de morte", contou ele em debate na Folha na última sexta.
Radford participou de uma conversa com leitores do jornal, em mesa-redonda sobre pensamento crítico, ceticismo e ciência na qual também estavam presentes Kentaro Mori, editor do site "Ceticismo Aberto", e este jornalista.

MISSÃO: ENTENDER

Nascido no Novo México e formado em psicologia, Radford, 41, faz parte do quadro de editores da "Skeptical Inquirer" desde 1997, período durante o qual também ajudou a investigar supostos fenômenos que a ciência não conseguiria explicar -de fantasmas a monstros em lagos- Estados Unidos afora.
Ele recusa, porém, o rótulo de desmancha-prazeres ou de sujeito de cabeça fechada. "Minha missão não é desmascarar ou desprovar os fenômenos, mas tentar entendê-los", diz. A formação em psicologia, segundo ele, ajuda a levar em conta as predisposições da mente humana que acabam levando as pessoas a acreditar de forma pouco crítica em supostos fenômenos sobrenaturais.
"Eu acho que essas crenças sempre continuarão conosco, elas são parte da condição humana", resume.

DELÍRIO DE DAWKINS

Talvez por ter isso na cabeça, Radford afirma não ficar muito à vontade com a associação entre conhecimento científico e ateísmo defendida por alguns dos mais influentes divulgadores de ciência do mundo, como o zoólogo britânico Richard Dawkins. Para Radford, "forçar as pessoas a escolherem um lado, ou a ciência ou a religião, pode ser contraproducente, e discordo de Dawkins nesse ponto".
"Não gosto da posição binária, de estar comigo ou contra mim. Se você é religioso, para mim tudo bem. Vou continuar dormindo de noite sem problema e não vou tentar converter você", declarou.
Ele afirma conhecer céticos muito rigorosos que, mesmo assim, acreditam em Deus. "Por outro lado, é preciso reconhecer o trabalho fantástico em favor da ciência que Dawkins faz ao explicar a teoria da evolução para o público", ressalta.
Durante a conversa, ele se revelou pessimista em relação à popularidade atual do pensamento crítico e da ciência. "Uma coisa que claramente não está dando certo é a educação", disse ele. "Precisamos fazer com que o pensamento crítico seja uma ferramenta para a vida, ensinada nas escolas, como parte integrante das disciplinas."
O clima descontraído do debate permitiu até uma exibição pública de tatuagens inspiradas pela ciência: um dos presentes na plateia resolveu mostrar o desenho de um átomo em seu pulso, o que levou Radford a mostrar a tatuagem de um microscópio em seu peito.
"Acho que o microscópio é um bom símbolo do que tento realizar com meu trabalho", explicou ele.
(fonte: caderno de Ciência, FSP - 30 Julho 2012)

domingo, 29 de julho de 2012

sábado, 28 de julho de 2012

Igreja ou biblioteca, o que você prefere ter perto de casa?

Um dos meus temas favoritos, fotos de antigas igrejas transformadas em coisas mais úteis para a humanidade.


O exemplo de hoje vem de Buffalo, nos Estados Unidos.


A imponente e centenária construção com seus belos vitrais estava perto da demolição em 1985, por falta de fiéis.
Mas foi salva e transformada em escola e biblioteca da King Center Charter School, um centro educacional municipal.


Tenho postado aqui igrejas da Holanda, Inglaterra e outros países que foram desativadas, vendidas e adaptadas como lojas, restaurantes, locais para evento, livrarias e bibliotecas.


O que você prefere ter perto da sua casa, uma igreja... ou uma linda biblioteca como essa?

A Terra e a Lua vistas de Mercúrio, imagem que faz pensar.


Essa foto espetacular faz a gente pensar em como somos pequenos.
Minúsculos.
Insignificantes.
Mesmo de tão perto, de um planeta vizinho, já somos apenas uma bolinha luminosa.
Se de lá olharmos para Júpiter ele será apenas um ponto de luz.
Plutão, só com telescópio e nem saímos ainda do sistema solar, que é apenas um dentre bilhões de sistemas estelares dentro de uma das bilhões de galáxias.
Se a Terra já é tão pequena, nós, seres humanos, somos o que em termos universais?


Uma vida microscópica em um planetinha rochoso que gira ao redor de uma estrela comum.

A luz viaja a impensáveis 300 mil km por segundo e mesmo se conseguíssemos viajar a uma velocidade perto dessa ainda assim levaríamos 4 anos apenas para chegar à estrela mais próxima da nossa, aqui, bem ao lado, nesse nosso mesmo cantinho da Via Lactea.


Para irmos até o outro lado da nossa galáxia levaria, a essa velocidade absurda, uns 100 mil anos.
E para visitar uma linda galáxia como Andromeda, aqui, vizinha nossa, teriamos que viajar aproximadamente... 3 milhões de anos e ainda estaríamos aqui pelo bairro...

Mas mesmo assim pessoas acreditam que um ser mágico criou todo o universo em 6 dias e desde então passa seu tempo controlando se cada um dos bilhões de seres minúsculos que ele criou estão ou não cumprindo suas regras, para então resolver seus destinos quando morrerem.


A realidade do universo é muito mais maravilhosa que qualquer fantasia.
E com uma vantagem insuperável:  é verdade.






terça-feira, 24 de julho de 2012

Mais uma maravilhosa ex-igreja da Holanda.

A Holanda, a Suécia, a República Tcheca, dentre outros, são exemplos de países onde o crescimento do ateísmo é concretamente comprovado pela quantidade de igrejas que são fechadas e repassadas para outras atividades.



Em Praga as ex-igrejas são utilizadas para concertos de música clássica, uma destinação muito nobre e adequada.
Na Holanda há exemplos magníficos de adaptações para restaurantes, night clubs, bibliotecas e lojas diversas.
Estas fotos são de uma das mais maravilhosas livrarias do mundo, uma linda construção do século XIII em estilo gótico mendicante.
Vejam o ex-altar convertido (ops!) em um charmoso café:




Onde há mais educação, menos ilusão.



domingo, 22 de julho de 2012

De onde surgiram tantos ateus?


Uma pesquisa na Universidade de Oxford mostrou que cerca de 48% dos estudantes não acreditam em Deus. Talvez isso não seja tão surpreendente – a maioria das pessoas acredita que ateus sejam bem instruídos, principalmente os de Oxford que têm como professor o ícone do ateísmo Richard Dawkins.
Mas há algumas curiosidades sobre isso quando a “população amostral” da pesquisa é o mundo e suas diferentes culturas, não Oxford. Estudos mostraram que há, sim, uma relação entre estudo e a fé em Deus, mas que o ateísmo é mais forte naqueles que têm apenas o ensino médio completo do que naqueles com nível superior completo.
A pesquisa também indicou que as pessoas com mais estudo tendem a acreditarem em coisas mais estranhas. 29% das pessoas com apenas o nível fundamental completo acreditavam em telepatia, contra 51,8% das pessoas com nível superior completo.
Essas pesquisas mostraram, também, que a questão religiosa não depende apenas do nível educacional, mas do sexo, do tipo de cultura e da idade dos entrevistados. Então os não-ateus podem ficar aliviados: já não há mais a crença de que eles sejam menos inteligentes que os ateus.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Amarração do amor: saiba como funciona esse golpe.


Pelas mensagens que chegam ao blog e pelo que leio nos jornais vejo que continuam muito ativas as espertalhonas que vendem serviços de amarração do amor do tipo “trago seu amor de volta ou devolvo seu dinheiro”.



Alguma vez você já se perguntou como afinal isso funciona?

É simples e sofisticado ao mesmo tempo, é análise probabilística espertamente conjugada com sensibilidade e conhecimento do comportamento humano.
A isso some-se muita cara de pau e nenhuma dó ou piedade pelas pessoas enganadas.
É um golpe e precisa ser combatido, faço minha parte mostrando aqui como a farsante opera, quem sabe assim menos pessoas caem nessa.

Começa quando aparecem no bairro as faixas anunciando o serviço.
A propaganda dá certo, em qualquer lugar sempre haverá casais com problemas nos mais diversos estágios, de briguinhas a divórcios litigiosos e a promessa de que alguém pode fazer a pessoa que te deixou voltar para você é irresistível para ouvidos carentes e crentes...
Quando alguém fala o que a gente quer ouvir...a lógica e o bom senso são rapidamente deixados de lado, a ilusão, mesmo que falsa, é muito mais atraente.

Bem, digamos que a bruxa faça o trabalho de amarração para 10 novos clientes, pessoas que querem trazer seus amados de volta.

Algum tempo depois, digamos um mês, o curso natural da vida terá feito alguns casais reatarem, outros não.
E isso vai acontecer com ou sem as amarrações da bruxa, claro.
É da vida, o ciclo normal das relações e das pessoas.

Digamos que 4 casais tenham reatado e 6 não, só por hipótese.

As 4 clientes da "bruxa" que conseguiram seu objetivo estarão felizes e satisfeitas, farão muita propaganda para suas amigas e assim vão gerar novos negócios para ela.

As seis que não reataram com seus amores ficarão decepcionadas.
Algumas, por vergonha, nem sequer voltarão para pedir o dinheiro de volta nem falarão muito sobre isso, para não ter que admitir que caíram em um golpe ou, pior, que seus amados não voltam nem com trabalho forte.

Digamos que das seis a metade aja assim.

As outras três voltarão à "bruxa" para pedir seu dinheiro de volta, conforme a promessa da propaganda. Em alguns casos a "bruxa" devolverá sem hesitar, explicando que as entidades espirituais algumas vezes não a atendem, que é assim mesmo, que ela lamenta...

A grande sacada é que o saldo é sempre positivo para o  golpista, digo, "bruxa", faça as contas: ela fez dez trabalhos, devolveu o dinheiro para três e ficou com sete. Mesmo que você piore as proporções vai continuar sendo um bom negócio, ela vai sempre ficar com uma parte do dinheiro, e sem fazer nada!

Algumas vezes ela não ficará com sete mas seis ou cinco ou até menos mas ela nunca terá que devolver as dez porque a probabilidade de nenhum casal reatar é muito pequena.

Ela assim vive bem e feliz durante um tempo na redondeza... até que a clientela começa a rarear, por esgotamento.
Ela então se muda, espalha suas faixas no novo bairro (ou nova cidade) e recomeça o ciclo, com novo telefone e novo codinome (Bruxa, Maga, mestre, etc).

Simples assim. Na verdade, genial.

Agora pense: no  que você acreditava? Que havia mesmo um exercito de espíritos desencarnados fazendo as pessoas voltarem ou não para seus ex-amores dependendo dos valores pagos a uma entidade que os representa na Terra?
Cupidos espirituais remunerados? Sério?



E, sinto dizer, não é nada muito diferente do que fazem os astrológos, as leitoras de búzios, cartomantes e numerólogas, o truque é basicamente o mesmo.
Um tolo e seu dinheiro cedo se separam.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

A mentira da pomba de D. Eugenio Sales.



Causou grande agitação nos meios religiosos a cena "milagrosa" da pomba branca pousada no caixão de D. Eugênio. 
Não que ela tenha pousado apenas rapidamente, ela ficou ali muito tempo e com isso deu aos crentes uma "prova inequívoca" da santidade do morto.
Seria, segundo os mais fanáticos, a presença do espírito santo, homenageando o "santo cardeal".


Bem, isso até o programa Fantastico mostrar que a pomba, na verdade, foi comprada por um fiel e literalmente colocada ali em cima do caixão. 
Tratava-se de uma pomba criada em cativeiro e que raramente voa.
Ao entrevistarem um especialista nessas aves vejam o que ele declarou:

“Essa aqui é uma variação albina, um animal totalmente sem pigmentação. Ele não é criado para alçar voos longos. Esse animal que ficou em cima do caixão é um bicho que já está acostumado com presença humana então não vai se assustar fácil” diz Guilherme Brito, ornitólogo do museu Nacional. 




Mais um "milagre" desvendado, quem quiser conhecer a estória toda, segue o link:


http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1681385-15605,00.html


Religião: se você pensar, refletir, analisar só um pouquinho... você cai fora.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A mentira da marcha para Jesus.

Há muito tempo os eventos de rua no Brasil tem seu público "estimado" na base do chutômetro, sem qualquer base científica.
Isso ocorria por dois motivos: interesses escusos e falta de metodologia melhor.
Foi assim que a parada gay já teve público anunciado de milhões de pessoas.
Da mesma forma a passeata dos evangélicos sempre alegou ser acompanhada por milhões de fiéis mas agora o Instituto Datafolha desenvolveu uma metodologia que dá numeros com aproximação bem maior a este tipo de contagem.
Resultado: a marcha para Jesus teve, na real, pouco mais de 350 mil participantes, contra os 6 milhões anunciados pela igreja organizadora.


Crentes tem problemas com números e as diferenças são sempre gigantescas.


Para eles a Terra e o universo tem algo como 10 mil anos de vida, mesmo com toda a ciência séria dizendo que na verdade tem um pouquinho mais, algo como 13,6 bilhões de anos.


E agora colocam 5.650.000 a mais na tal passeata, só para impressionar os fiéis.


Como se vê, igrejas não tem o menor compromisso com a verdade, convivem tranquilamente com a mentira desde que esta seja útil a seus propósitos.


Religião: se você pensar... cai fora.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Morreu, acabou.



Essa imagem ilustra muito bem uma frase que não me canso de repetir aqui no blog:


"Quem se preocupa menos com vidas passadas e futuras vive melhor esta".


As religiões fazem exatamente o contrário, geram nas pessoas uma tola preocupação com a vida futura, o céu, o inferno, o juizo final, o perdão.
Jamais houve uma só evidencia aceitável da existencia de uma vida espiritual após a morte do corpo físico.
E como no gráfico acima as pessoas não vão para o céu nem para o inferno, elas simplesmente morrem: seus corpos se desintegram, são reciclados pela natureza e sua consciência se extingue.

Todos deixamos nossa marca nessa incrível corrida de revezamento que é a vida mas
quando morremos não há mais dor nem prazer, apenas o nada.

Na Terra ficam as memorias, as saudades, os momentos.
Ficam as obras, os empreendimentos, a familia, os filhos.

Mas para quem morreu... acabou.
A vida é hoje, aproveite.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Cientologia ou cretinologia?



cientologia é um sistema de crenças fundado em 1952 pelo autor de ficção cientifica 
L. Ron Hubbard (1911-1986), nascido em Tilden, Nebraska). 
A cientologia foi oficializada em 1954. Esta religião baseia-se nos livros de Hubbard Dianética: A Moderna Ciência da Saúde (1950), Dianética: A Evolução da Ciência e Ciência da Sobrevivência.
Segundo a Cientologia há 75 milhões de anos vários planetas se reuniram numa "confederação das galáxias", governada por um líder maléfico chamado Xenu
Como os planetas estavam com problemas de superpopulação, Xenu mandou bilhões de seus habitantes para Terra, em espaçonaves parecidas com os Douglas DC-8, onde foram jogados dentro de vulcões (razão pela qual o livro dianética possui um vulcão na capa) e mortos com bombas de hidrogênio. 
Seus espíritos que foram recapturados e reunidos em cachos (como uvas, ou talvez bananas) - chamados de "thetans" (em português, "tetões") - que são hoje os seres humanos.
(fonte: Wikipedia)

Mitos da criação: qual a origem do sol?



A ignorância dos povos primitivos sobre a origem de tudo fez surgir em todas as partes do planeta os mais originais mitos da criação.
Para cada povo uma divindade criadora e uma historia.

A tribo TIV, da Nigéria, acredita que o sol e a lua são filhos do seu deus supremo, Awondo.

A tribo Barotse, do sudeste africano, acha que o sol é marido da lua.

No xintoísmo, religião japonesa, o sol é a deusa Amaterasu e a lua é seu irmão Ogetsuno.

Os incas acreditavam que o sol e a lua eram seus ancestrais.

Para os antigos povos gregos o sol era uma carruagem conduzida no céu pelo deus Helio.

Para os astecas existiram quatro mundos antes do nosso, que desapareceram um após o outro, destruídos por catástrofes forjadas pelos deuses.

Para os antigos egípcios a divindade criadora de tudo era RA, o deus sol, e a curva do céu era o corpo da deusa NUT, arqueado sobre a Terra.

Em alguns mitos o sol não é exatamente um deus mas uma de suas primeiras criações. Um dos mais conhecidos mitos desse tipo vem de uma pequena tribo hebreia do deserto do Oriente Médio, segundo o qual o deus tribal YHWH a tudo criou em seis dias, descansando no sétimo. YHWH conseguiu a proeza de criar a luz no segundo dia mas o sol apenas no quarto mas apesar de incoerências assim e do tom fantasioso e épico de sua descrição o mito dessa tribo espalhou-se e deu forma a uma poderosa religião, hoje majoritária no planeta.

Mitos: se você gosta, escolha um para você.

(fonte: A Magia da Realidade, R. Dawkins)

sexta-feira, 6 de julho de 2012

quarta-feira, 4 de julho de 2012

"Partícula de deus": o pior apelido da história da ciência.




Os cientistas parecem estar se aproximando rapidamente de uma importante descoberta no campo do chamado “modelo padrão”, teoria que ajuda a compreender todas as partículas e forças do universo, com exceção da gravidade.

Através de experiências em curso no LHC – maior colisor de partículas já construído pelo homem, na fronteira entre Suiça e França – os cientistas estão próximos de provar a existência do “Boson de Higgs”, uma partícula tão pequena que até hoje sua detecção não pode ser comprovada, há apenas indícios teóricos de sua presença na estrutura dos átomos.

O bóson de Higgs teria dado origem à massa de todas as outras partículas, se sua existência for confirmada, portanto, este é um passo importante da ciência na compreensão da origem de todos os objetos.

Em algum momento do passado, no entanto, a partícula foi apelidada de “partícula de deus”.
É só um apelido tolo que vem de um livro do físico ganhador do prêmio Nobel Leon Lederman, cujo esboço de título era "A Partícula Maldita" ("The Goddamn Particle", no original), em alusão às frustrações de tentar encontrá-la. 

O título foi, depois, cortado para "A Partícula de Deus" por seu editor, aparentemente temeroso de que a palavra "maldita" fosse ofensiva, gerasse protestos e afetasse as vendas do livro.

Não há absolutamente nada de divino na descoberta, estamos falando de ciência sub-atômica pura e "partícula de deus" é apenas um estúpido apelido dado pelo infeliz editor.


Muitos crentes, em sua suprema e inabalável ignorância, apregoam agora aos 4 ventos que a confirmação da descoberta seria a confirmação da existência de deus!!
Não, não e não!!
Aqui é ciência, irmão!



segunda-feira, 2 de julho de 2012

A culpa é sua, não dos ateus!



(tradução livre: Se você não quer que façamos graça com suas crenças... não tenha crenças tão engraçadas!)

sábado, 30 de junho de 2012

Se deus é amor, não parece.



"Aquele que não ama não conhece a deus; porque deus é amor ." - 1 João 4:8

Isso depois de amaldiçoar toda a humanidade pelo erro de apenas duas pessoas (Gênesis 3:14-19);
Depois de afogar quase toda a vida inutilmente, pois o mal continuou (Gênesis 6-7, Gênesis 8:21);
Depois de criar leis cruéis, intolerantes, absurdas, supersticiosas e preconceituosas (Levítico 15:19, Êxodo 21:20-21, Deuteronômio 22:21, Levitico 21.18-20, Deuteronômio 25:11,12, etc);
Depois de matar pessoas e animais inocentes que nada tinham a ver com as decisões do faraó (Êxodo 12:29, Êxodo 9:3-6);
Depois de matar muitos do seu próprio povo escolhido apenas por estarem insatisfeitos (Números 14:27-29);
Depois de ordenar a invasão de terras e o genocídio de vários povos (Deuteronômio 7:1);
Depois de matar um homem apenas por não querer engravidar a viúva do irmão (Gênesis, 38:08-10);
Depois de ordenar a morte de um homem apenas por ter catado lenha no sábado (Números 15 32-36);
Depois de matar duas pessoas apenas por terem mentido sobre a venda de um terreno (Atos 05:1-10);
Depois de ameaçar com castigos eternos os que não crerem (João 3:18, Lucas 10:10-16, João 3:18, Apocalipse 21:8);
Depois de matar uma mulher apenas por ter olhado para trás (Gênesis 19:26);
Depois de matar quarenta e dois meninos (crianças?) apenas por terem zombado de um profeta (2Reis 2:24);
Depois de amaldiçoar para sempre toda a descendência de um homem com lepra (2 Reis 5:25-27);
Depois de dizer que ele mesmo criou o mal, o surdo, o mudo? e o cego (Isaías 45:7,  Êxodo 4:11);
Depois de dizer que no seu julgamento final haverá os piores horrores (Lucas 21:23, Apocalipse 6:8, Apocalipse 9:6);
Depois de queimar muitas pessoas vivas (2 Reis 10-13, Números 11:1);
Depois de exigir que matassem as mulheres casadas e guardassem as virgens (Números 31:17-18);
Depois de afogar cerca de dois mil porcos que possuiam dono (Marcos 5:11-13);
Depois de humilhar uma mulher que buscava a cura para a filha (Mateus 15:22-27);
Depois de assegurar que não veio trazer a paz, mas a espada e a desavença (Mateus 10:34,37);
Depois de matar uma criança inocente pelo pecado de Davi (2 Samuel 12:14,15);
Depois de matar setenta mil homens pelo erro do rei que ele mesmo escolheu (1 Crônicas 21:8-14);
Depois de castigar com pragas terríveis seus desafetos (Números 16:41-50, Números 25:9, 2 Samuel 5:6, 2 Samuel 24:15, etc)
Depois de sadicamente enganar seu povo escolhido (Números 11:18-20 e Números 18:31,32);
Depois de ordenar o massacre de crianças, idosos e mulheres grávidas (Deuteronômio 32:25, Ezequiel 9:6, Deuteronômio 2:33,34);
Depois de muitos outros atos violentos, cruéis, intolerantes e sangrentos cometidos diretamente ou incentivados por deus... 

Ainda bem que deus é amor!
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Fonte: Sky Kunde, publicado na página "Contradições da Bíblia" no Facebook

sexta-feira, 29 de junho de 2012

A bíblia e o golpe do pecado.



A frase de Dan Barker resume bem algo que já foi dito inúmeras vezes aqui no blog.
Os fundadores de uma religião escreveram um livro.
Nele definiram regras de comportamento e a qualquer ato contrário a essas regras deram o nome de pecado.
O livro define também a penalidade para cada tipo de pecado.
Dizem eles que o livro não pode ser confrontado, pois é sagrado.
Segundo o próprio livro, claro.
Mas oferecem uma solução para você se livrar da punição: 
basta seguir as ordens do livro.
(e pagar 10% de dízimo, afinal, ninguém é de ferro)


Religião: se você pensar, cai fora.

Catolicismo cai, evangélicos e sem religião sobem.



O censo de 2010 exibe algumas alterações importantes nas participações de mercado das diversas religiões.
Os católicos, que em 1960 eram 93,1% da população brasileira são agora apenas 64,6%.
Os evangélicos subiram muito, de 4% para 22,2%.
Mas a grande noticia vem dos sem religião: de 0,6% em 1960 somos agora 8% da população brasileira.
E subindo!
Vejam no link da Folha de SP a matéria completa:
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http://www1.folha.uol.com.br/poder/1112382-catolicos-passam-de-931-para-646-da-populacao-em-50-anos-aponta-ibge.shtml

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eu, o juiz e Jesus.





Esta semana compareci a uma audiência em um tribunal, um caso trabalhista simples.
Na parede da sala, bem sobre a cabeça do juiz, lá estava ele: o crucifixo.
É realmente difícil entender o que ele está fazendo ali, mas me fez pensar.
Se eu fosse judeu ou muçulmano com certeza não me sentiria bem, assim como um cristão não gostaria de ver ali um simbolo de outra religião.
É preciso lutarmos com todas as forças para combater e acabar com esse hábito arrogante, totalitário, anti democrático e inconstitucional (posto que nosso estado deveria ser laico).
Não peço um simbolo ateista, não peço que haja nos tribunais simbolos de todas as religiões.
É tão simples, tão honesto, tão justo: bastaria que em edificios publicos - em especial os da justiça - não houvesse simbolo algum nas paredes.
Não é pedir demais.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Conheça 7 papas nada santos.

Link muito interessante reunindo as histórias de sete papas envolvidos
em corrupção, luxúria, crimes e outras coisinhas assim.
Talvez tenham resolvido seguir a bíblia ao pé da letra, faz sentido.


De qualquer forma, uma pergunta de curioso:
Se o papa é o representante de deus na Terra, tratado como "santidade"
pelo seu rebanho, fica difícil entender como pessoas assim podem
ter sido papas. Confiram:
http://hypescience.com/7-papas-nada-santos/

domingo, 24 de junho de 2012

Além da Vida.


 Filhas travam disputa na Justiça para definir se corpo do pai vai ser enterrado ou enviado para os EUA, onde seria mantido congelado para futura possível ressuscitação. O caso é interessante porque nos faz refletir sobre a morte.
Embora a lei trate o óbito como um evento, ele é mais bem descrito como um processo. Quando as células deixam de receber oxigênio e nutrientes, nem todos os tecidos "morrem" ao mesmo tempo. Até três horas depois da parada cardíaca, as pupilas e os músculos ainda reagirão a determinados estímulos. Já as células ósseas mantêm-se transplantáveis por até 48 horas.
É justamente nessa noção de processo que se inscreve a lógica da preservação criônica: embora a medicina atual não seja capaz de curar um dado paciente, seus parâmetros essenciais -isto é, suas memórias e personalidade, que quase certamente correspondem a marcas físicas no cérebro-, mesmo depois da morte oficial, poderiam ser mantidos congelados até que existam tecnologias capazes de tratá-lo. Se a coisa funcionasse, a imortalidade estaria ao alcance pelo menos dos mais ricos.
E a questão social nem é a maior das encrencas propostas pela criônica. Em termos legais, o congelamento é uma forma de enterro. Mas isso só faz sentido se partimos do pressuposto de que a ressuscitação é impossível -o que ninguém pode afirmar com certeza. De outra forma, o sujeito deveria ser tratado como um paciente em coma, o que criaria uma série de dúvidas jurídicas.
Se admitimos que ele tem ainda chance de recuperação, então o que chamamos de declaração de óbito seria uma forma de eutanásia, o que traria complicadas implicações éticas. A morte definitiva só ocorreria em caso de perda irreparável de toda informação contida no cérebro.
A verdade é que, apesar de todos os grandes avanços da biologia e da medicina, ainda não dispomos de um conceito muito bom de morte.


(Helio Schwartsman- Folha de SP - 24/06/12)

quarta-feira, 20 de junho de 2012